Quando você dedica tempo a seu filho e o que importa de verdade é a quantidade ou qualidade
deste convívio?
Qual o tempo que sobra pra ser mulher e como não anular os sonhos pessoais e profissionais?
Como não sentir culpa em ser mãe e não poder estar sempre presente?
As mulheres que são mães e que estão cada vez mais cedo no
mercado de trabalho, são cada vez mais sobre carregadas com tarefas que exigem
disposição, animo e tempo. São cobradas pela sociedade – e, as vezes, por si
mesmas -a perfeição da criação.
E é o que as tornam o ponto central e foco de todo um
contexto que exige, e muito de paciência e ponderação. Ter alguém pra cuidar e
dedicar-se a algo que você queria muito acompanhar em tempo integral é, muitas
vezes, frustrante e por isso questões como essas assombram, nós, as mães.
Mãe mulher ou mulher mãe, tão difícil definir o que é mais
importante e se é que existe importância na ordem. Outro dia li uma frase que
me chamou muita atenção “Antes de ser mãe eu fui e ainda sou mulher”, claro que
na hora aquilo me despertou e me fez ver as coisas por um lado diferente com “um
quê” de egoísmo ou talvez simplesmente o desejo de ser mulher. A sobre carga
depositada em nós é tão intensa que muitas vezes temos a sensação de abrir mão
de cuidados e vontades próprias para dedicar a um filho, ou simplesmente os
sufocamos de atenção desnecessária e tiramos a sua individualidade, depositando
neles os anseios mais enigmáticos que temos tanto na forma emocional e
material.
Não existe culpa a ser dividida. Por mais que um homem faça
o papel de pai e divida tudo com a mulher ele nunca será uma mãe. Nós
carregamos, amparamos, cuidamos, não dormimos e pensamos neles a todo o momento. Quando se tem uma criação
baseada no apego, a relação entre mãe e filho é perfeita e isso independe se a
mãe está em casa o dia todo ou está em um escritório longe da cria. A culpa não
se divide porque ela não deveria existir na verdade. São apenas sentimentos de
medos por um possível erro que nem chegou a acontecer.
Não tem formula certa, nem medidas precisas. O tempo é a
resposta pra todas as perguntas e a chave que abre todas as portas é o amor,
que se tem a vida gerada.
Então como
experiência de mãe que trabalhou fora numa escala de quase 13 horas diárias e
pouco via a filha eu só tenho a dizer que : o amor, a paciência, a resiliência
e o emponderamento são a base que levo
comigo depois de tanto me culpar e martirizar por não ter estado nos momentos
que queria estar. Por mais que tenha tido a ausência física hoje vejo que era o
certo e o melhor pra mim e para eles, então não me penalizo. Que se viva o hoje
com apego e liberdade para os filhos e a nós mães mulheres ou mulheres mães.
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